27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

“Mimimi”: Bolsonaristas cobram no STF a falta de simpatia e ataques contra o presidente

Após anos falando “e daí”, “frescura” e “todo mundo morre um dia”, o jogo parece que virou

Marco Feliciano (PL-SP) e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) estão entre os bolsonaristas que usaram as redes sociais para cobrar apuração pelo STF de supostos ataques e ameaças contra Bolsonaro após internação para tratar de obstrução intestinal.

Feliciano citou como ameaça um post em que o ator Zé de Abreu diz desejar que Bolsonaro exploda. Abreu, do PT, fez alusão ao próprio Bolsonaro, que desejou pior para a então presidente Dilma Rousseff:

“Eu espero que acabe hoje, infartada ou com câncer, de qualquer maneira. O Brasil não pode continuar sofrendo com uma incompetente, ou ‘incompetenta’ à frente de um país tão grande e maravilhoso”. Jair Bolsonaro.

Enquanto o filho 02 de Bolsonaro marcou a página do STF na plataforma, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten fez o mesmo. Ele afirmou que “qualquer incentivo/ameaça à vida” do presidente “deveria ser considerada promoção da instabilidade institucional e da ordem democrática”.

Eles estão falando do presidente que riu de suicídios, mentiu sobre e fechou os olhos para a gravidade da pandemia e, mais recentemente, se recusou a encerrar as luxuosas férias do fim de ano (em parte responsáveis por sua obstrução intestinal) para tomar frente da situação de calamidade na Bahia.

Claro, isso não é suficiente para os bolsonaristas classificaram nas redes como “ódio do bem” postagens como a do ator e de outras páginas em que pessoas desejam a morte do presidente ou questionam a internação após passar mal durante as férias em Santa Catarina e ainda falam em “facada mal dada”.

“Esse ódio do bem está dando muita raiva. Polarizar sobre política é uma coisa. Desejar a morte é outra completamente diferente”. Carla Zambelli (PSL-SP).