26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Morre o jornalista Reinaldo Cabral.; mais uma vítima da Covid-19

Morreu na noite desta quinta-feira (20) o jornalista e escritor alagoano Reinaldo Cabral. Segundo comunicado da família, publicado em sua página, no Facebook, Reinaldo estava internado desde o último sábado, no Hospital Universitário, em Maceió, mas não resistiu às complicações da Covid-19.  Ainda não houve informação sobre local e hora do sepultamento.

Atuou na imprensa e no rádio alagoano, foi repórter do Jornal do Brasil, onde começou em 1972, e foi também redator, articulista e crítico literário do jornal Folha de São Paulo. Em 1974, lançou seu primeiro livro de contos – Proibido, e o romance Matadouro Humano. Em seu legado literário  destacam-se também Literatura e Poder Pós-64 (ensaios – 1977); Promessas de um Ditador (1978); Violência Política e Corrupção (reportagens e ensaios), do qual foi coautor e Desaparecidos Políticos (reportagens, artigos e ensaios – também como coautoria), em 1979; e O Voo do Gafanhoto (romance-reportagem / em 2009, que tem como tema central o narcotráfico no Brasil.

Seu texto e sua atuação como repórter investigativo eram bastante respeitados. Na década de 70, no Jornal do Brasil, foi responsável por uma série de reportagens que revelaram, pela primeira vez, nomes de traficantes internacionais que agiam em conjunto com criminosos brasileiros.

Estava aposentado e há anos voltou a viver em Maceió, onde tinha muitos amigos.

Em depoimento, na rede social, a professora, pesquisadora e escritora carioca Eliana Bueno Ribeiro escreveu: “Reinaldo Cabral foi um grande escritor e editor. O livro que organizou -Desaparecidos – juntamente com Ronaldo Lapa, subsidiou em muito a grandiosa obra de Elio Gaspari. Destacou-se igualmente na ficçao, desde seu primeio de contos -Proibido. Que descanse em paz . Sua memoria ficará”.