No primeiro programa do horário eleitoral gratuito no segundo turno, exibido hoje (12), a campanha de Fernando Haddad (PT) explorou os recentes episódios de violência motivados por divergência política. Segundo o programa, apoiadores de Jair Bolsonaro realizaram nos últimos dias pelo menos 50 agressões por “motivos fúteis” contra pessoas que declaram não votar no candidato do PSL.
Um dos casos mencionados foi o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, ocorrido na noite do dia 7 de outubro, em Salvador. O artista levou 12 facadas de um homem em um bar após uma discussão entre os dois por causa da discordância entre ambos na escolha do candidato a presidente.
Na sequência, a campanha do petista defendeu que a democracia está em risco com a possibilidade de eleição de Bolsonaro. Ele falou em defesa da preservação de direitos e de como enfrentar o desafio da geração de empregos e garantia de comida na mesa. Em outro ponto, o programa também destacou o currículo do petista, que é doutor em filosofia, mestre em economia e professor universitário.
https://youtu.be/oEuz6ehxojc?t=3
Bolsonaro
No primeiro programa eleitoral do segundo turno no rádio e na televisão, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) fez críticas ao comunismo e ao seu opositor Fernando Haddad (PT), citando também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O vermelho é um sinal de alerta para o que não queremos no país. A nossa bandeira é verde e amarela e nosso partido é o Brasil”, diz a propaganda do candidato, citando o Foro de São Paulo, “grupo político com viés ideológico, comunista, de esquerda liderado por Lula e Fidel Castro”.
Ao apresentar seu perfil, o capitão reformado do Exército de 63 anos, exibiu a família, a esposa Michelle e os quatro filhos homens e também falou, emocionado, sobre a filha caçula, Laura. “Uma confissão. Eu já tinha decidido não ter mais filhos […] Fui no Hospital Central do Exército e desfiz a vasectomia e mudou muito minha vida com a chegada da Laura”, disse.
Ao finalizar o programa, o candidato destacou sua atuação no Congresso Nacional, dizendo que é honesto, “nunca fez conchavos”e “sempre defendeu os valores da família”. A propaganda fala também da união do país. “Chegou a hora de o Brasil se unir e virar a página do passado e eleger um presidente que vai fazer o país crescer”, diz o locutor da propaganda.
https://youtu.be/I-oxnrTi-NI?t=3