O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta terça (1o) a proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022.
A PEC do voto impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) teve 218 votos contra, 229 votos a favor e uma abstenção. Para que a tramitação avançasse eram necessários votos favoráveis de 308 dos 513 congressistas.
De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC era de interesse do presidente Jair Bolsonaro e foi rejeitada no dia em que o Ministério da Defesa realizou um desfile militar no Planalto. O ato foi criticado por políticos, que o viram como uma tentativa do presidente de intimidar deputados.
A inclusão do assunto na sessão de hoje só aconteceu por vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, e o resultado da votação representa uma derrota para Bolsonaro.
Após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agradeceu aos deputados pelo comportamento democrático. “A democracia do Plenário desta Casa deu uma resposta a este assunto e, na Câmara, espero que este assunto esteja definitivamente enterrado”, afirmou.