27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Corrupção

Presos do kit robótica faziam entregas de propinas em sacolas

A operação contra a corrupção envolve aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, que tiveram rotina monitorada pela PF

Cofre cheio: R$ milhões apreendidos com aliado de Arthur Lira

A Polícia Federal constatou que  o casal, preso em 1º de junho  como responsável por operar desvios recursos do kit robótica em Alagoas, entregada dinheiro das propinas em sacolas.

As imagens e a identidade do casal foram divulgadas, neste domingo, 4, pelo Fantástico. da TV Globo. Os acusados são Juliana e Pedro Salomão.

O casal teve a rotina monitorada pela Polícia Federal (PF). A investigação acompanhou por meses as idas deles a diversas agências bancárias no DF e em Alagoas. As entregas eram feitas em sacolas que estariam cheias de dinheiro.

Algumas dessas transações eram fracionadas em valores individuais abaixo de R$ 50 mil, com o fim aparentemente de burlar o sistema de controle do Banco Central.

Alexsander Moreira, funcionário do Ministério da Educação (MEC), como um dos suspeitos de envolvimento no suposto esquema de fraude na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas.

Ele é um dos alvos da PF com mandado de prisão na quinta-feira e de busca e apreensão contra investigados no caso.

Aliados de Arthur Lira

Aliados do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A PF também identificou ainda movimentações financeiras suspeitas de R$ 737 mil, sendo parte do valor depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022. As suspeitas começaram em municípios de Alagoas, com aquisições assinadas todas pela mesma empresa, a Megalic, pertencente a aliados de Lira, entre eles, Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda, que teria repassado R$ 550 mil à empresa que construiu a mansão onde mora Luciano Cavalcante, no condomínio Laguna.

Durante a operação, os policiais encontraram um cofre recheado com R$ 4 milhões, que estavam com um dos investigados em Alagoas.

As fraudes e o superfaturamento, segundo a CGU, geraram prejuízo aos cofres públicos de R$ 8,1 milhões, além de sobrepreço, com fraude que pode chegar a R$ 19,8 milhões – em relação às despesas até então analisadas.