Tempos difíceis estamos a viver em meio a onda inconsequente da intolerância, onde os homens expõem cada vez mais o seu verdadeiro eu, antes escondido a sete capas.
É como se muita gente estivesse abrindo as portas do inferno e saindo em leva para cultuar o ódio e semear o medo. Aliás, não são poucos os que renegam o respeito ao semelhante para se sobrepor a eles pelo terror. Há quem tenha prazer em provocar o medo nos outros.
Tempos difíceis e triste.

Tempos sem princípios. Onde as pessoas aplaudem o arbítrio e a brutalidade por que são praticados contra aqueles que os enoja por alguma razão, mesmo que não tenham razão nenhuma. E isso é mais que abrir a porta do inferno. É escancará-la.
Nessa onda estão hebreus e fariseus das bandas de cá. Nem mais e nem menos corruptos que outros tantos, passam a defender o estado policialesco como a cura para todos os males de uma nação. Males, diga-se, que fomentaram ao sabor do despudor e da ignorância que aflora em ambiente contaminado pela propaganda criada para esse fim.
Acontece que o estado policialesco torna-se opressor pela própria natureza e sem controle leva a tirania. Na há na história exemplo de democracia que tenha sobrevivido a forças armadas ou policiais desvinculados do controle do Estado. O perigo que isso representa poucos percebem ou não querem perceber, pois imaginam que jamais serão incomodados.
Aliás, pensam que o incômodo será sempre o do vizinho que tem um filho, rastafari ou um drogadito ou um gay. É um ledo engano. Um dia se derruba a porta do vizinho para pegar o filho dele, mas, no outro, pode ser a sua casa por que seu filho, em certa data, brincou no recreio da escola com o “rasta”.
O estado policialesco não reconhece direitos. Estabelece a censura e persegue o pensamento contrário. O estado policialesco esconde o fato e vive de versões. Mas, ele serve a alguém.
Só que nunca será a quem valoriza a democracia, princípios e direitos da cidadania livre.
E hoje, sexta-feira, 12 de outubro, que Nossa Senhora Aparecida nos proteja.