26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Saúde revela causa da morte de jovem vacinado, mas Queiroga segue sem recomendar para adolescentes

Ministro afirma que não não ser possível vincular nem descartar óbito ao imunizante

O Ministério da Saúde concluiu a investigação sobre o caso de uma adolescente de 16 anos que morreu sete dias depois de receber a vacina da Pfizer contra a Covid-19. Ela morreu no dia 2 deste mês.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o relatório afirma que a jovem, que morava em São Bernardo do Campo (SP), teve púrpura trombocitopênica trombótica, um distúrbio autoimune de consequências graves, que leva à formação de coágulos pelo corpo. Eles bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais.

Queiroga afirmou que o relatório, que ainda será divulgado, não diz que a morte tem relação com a vacina. “Não dá para estabelecer uma vinculação”, afirma ele. “Mas também não dá para descartar”, segue o ministro, para a colunista Mônica Bergamo.

O ministro afirma que “mesmo que o caso estivesse vinculado ao imunizante, isso não invalidaria a vacinação [desta faixa etária]. Os benefícios dela são infinitamente maiores do que os riscos”. O Brasil já vacinou 3,5 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos. Este e o único evento adverso grave conhecido.

A conclusão do caso, no entanto, não deve fazer o ministério voltar a indicar a vacinação de adolescentes de forma imediata. O ministro afirma que talvez seja necessário segurar o freio por uma questão de “priorização e logística”.