26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Venezuela: Guaidó manterá ação contra Maduro, que se vê alvo de golpe

Segundo o governo venezuelano, oito pessoas, entre militares e policiais, ficaram feridas durante os protestos

Terça foi um dia de protestos na Venezuela

O líder do Parlamento da Venezuela e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, afirmou em vídeo publicado no Twitter que vai continuar nesta quarta (1º), Dia do Trabalho, com a série de manifestações no país pela derrubada do ditador Nicolás Maduro.

“Amanhã continuamos com a execução da #OperaçãoLiberdade. Começamos a fase final e estaremos de forma sustentada nas ruas até conseguirmos a cessação da usurpação. Vamos com tudo, com mais força e determinação!” Guaidó pelo Twitter.

Por outro lado, o atual presidente afirmou, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, que houve uma tentativa de golpe de estado frustrada, encabeçada por Guaidó e Leopoldo López – que deixou a prisão durante os conflitos.

“Isso não pode ficar impune, já estamos interrogando os envolvidos nesse episódio, terão de responder acusações penais perante os tribunais de Justiça do país”. Nicolas Maduro, presidente da Venezuela.

A cidade de Caracas foi tomada por manifestações contra e a favor de Maduro. As primeiras acabaram reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana, incluindo um momento, capturado em vídeo pela agência Reuters, em que um dos veículos da polícia vai de encontro a manifestantes que estavam arremessando pedras e pedaços de madeira.

Não há informações sobre civis mortos ou feridos nestes episódios. Segundo o governo venezuelano, oito pessoas, entre militares e policiais, ficaram feridas durante os protestos.

Brasil

Integrantes do governo Bolsonaro, entre eles militares e diplomatas, avaliam que o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, se precipitou ao anunciar na manhã de hoje que tinha apoio de militares venezuelanos para derrubar o governo do ditador Nicolás Maduro.

Juan Guaidó anunciou apoio dos militares para a Operação Liberdade

Em meio ao cenário ainda indefinido, o governo adota um tom de cautela e aguarda os eventos das próximas 24 ou 48 horas para estudar o que fazer em relação ao país vizinho.

Além da quantidade de militares dispostos a apoiar Guaidó, o que também vem chamando a atenção dos observadores brasileiros é a patente deles. O governo confirmou que 25 militares teriam pedido asilo à embaixada do Brasil em Caracas.

As informações preliminares é que nenhum deles é do alto comando, o que indicaria pouca capacidade de mobilização de Guaidó em relação à espinha dorsal das Forças Armadas da Venezuela.