27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Weintraub canta vitória antes da hora, mas se retrata e confirma que ainda é investigado no STF

‘Soltei fogos às 22h do dia 31 de dezembro e não esperei bater a meia-noite’, disse o ex-ministro que não volta ao Brasil por medo de ser preso

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, vivenciou emoções diferentes na noite desta quinta-feira (1º). Isso porque em um intervalo de duas horas, foi da comemoração à realidade dos fatos sobre ser alvo de investigaçaõ no STF (Supremo Tribunal Federal).

Compartilhando uma notícia do Gazeta Brasil, de forma equivocada Weintaub cantou vitória sobre o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, após pedido da PGR, mas ignorou a abertura de uma nova investigação do ministro Alexandre de MoraesF. Essa sobre a existência de uma suposta organização criminosa que opera divulgando fake news.

Horas depois, ele precisou voltar à rede social para se retificar e em vídeo dizer que foi informado pelos advogados que ele segue como investigado no STF.

“Quando a esmola é muita, o santo desconfia. Eu acabei soltando os fogos às 22h do dia 31 de dezembro. Não esperei bater a meia-noite. Quando eu tuítei, meus advogados me ligaram e avisam que, infelizmente, o meu inquérito continua de pé e continuo sendo investigado pelo potencial crime contra a segurança nacional, como se eu fosse explodir o STF — fruto daquela frase famosa”. Abraham Weintraub.

Em junho do ano passado, Abraham Weintraub foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro do Ministério da Educação antes de completar 15 meses no cargo, em uma gestão incompetente, polêmica e com atritos no STF.

Isso a ponto da líder da minoria no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pedir a prisão temporária do ex-ministro, dias após ele de maneira sorrateira deixar o país.

“A gente não sabe exatamente por que [estou sendo investigado no STF], eu não tive acesso aos autos na integralidade. De qualquer forma, continuo sendo investigado e tendo o mesmo risco de, em pisando no Brasil, ser preventivamente preso”. Abraham Weintraub, praticante do “ame-o ou deixe-o”.