26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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A corrupção escancarada de Paulo Guedes nas artérias do poder

O ministro da economia usou a política econômica, fiscal e monetária para faturar em sua offshore R$ 14 milhões com a alta do dólar

Paulo Guedes aumentou seu saldo de offshore em US$ 9,55 milhões com a alta do dólar

Agora está explicado por que o Ministro Paulo Guedes zombava da empregada doméstica, dos pobres brasileiros e ainda defendia, em suas costumeiras declarações, a alta do dólar.

Em fevereiro de 2020, Guedes disse na plenitude da arrogância que lhe é peculiar, a seguinte frase: – O dólar alto é positivo, por que empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada.

O cinismo explícito naquele momento foi relevado pelos nativos embevecidos com as histrionices de um bufão do poder.

Mas, já havia dito em 2019 que os brasileiros deveriam se acostumar com o dólar alto. “Não é problema nenhum”, destacou o ministro da economia. Claro, para ele, problema nenhum…

Quem ganha de fato com o dólar alto?

Ganha quem tem dólar escondido da Receita Federal em paraíso fiscal, investidor da bolsa de valores e os milionários com seus negócios que rendem dividendos. Todos acomodados dentro de um sistema econômico que lhes favoreça.

Mas quando o ser recheado de dólar trabalha no comando da economia de um País, manipula sistema cambial de acordo com os seus interesse, tem informações privilegiadas, dribla a Receita e estoca uma fortuna em paraíso fiscal, aí não apenas ganha, mas comete crime de lesa pátria.

É exatamente isso que acontece com o senhor Paulo Guedes. Um corrupto descarado que fez de tudo para alimentar sua fortuna dolarizada num paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas.

Lá o senhor Guedes, o homem que tem horror aos pobres do Brasil, tem aportados a singela quantia de R$ 51 milhões. Só que de 2019 para cá, com a alta do dólar, ele faturou nada menos que US$ 9,55 milhões, que convertidos para a moeda brasileira corresponde a R$ 14 milhões de rendimentos ao “guru” da economia nacional.

Os embevecidos apoiadores do ministro vão dizer que ele declarou a offshore na Receita. Para eles, tudo bem.

Mas a questão é que no cargo estratégico que ocupa, o senhor Guedes se utilizou de instrumentos da política econômica, fiscal e monetária do País em benefício próprio. Não só ele como também o parceiro dele, Campos Neto, presidente do Banco Central.

Isso se chama corrupção, com todas as letras, dentro das artérias do poder. Qualquer que fosse o País do mundo, esse cidadão já estaria defenestrado e haveria de responder por seus atos à Justiça.

Mas, nunca é demais lembrar Eduardo Galeano: “A justiça é como as serpentes, só morde os pés de descalços”.