26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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A triste agonia de bares e restaurantes sem faturamento em Alagoas

Na pandemia e sem apoio oficial, muitos sofrem com a ameaça da quebradeira.

Na pandemia: sem clientes, sem serviços

Se a pandemia trouxe prejuízos para todo mundo, um setor especificamente está em desespero.

Pelo menos para quem vive exclusivamente dele, seja grande ou pequeno negócio.

Trata-se de bares e restaurantes.

Os estabelecimentos fechados há mais de 60 dias, aqui em Alagoas, estão acumulando dívidas e sem qualquer tipo de ajuda do governo federal, a quem cabe abrir os cofres da nação para socorrer o empresário nas horas de dificuldades.

O pior é que na reunião de 22 de abril, o ministro da Economia Paulo Guedes disse em alto e bom som que o governo pode ganhar dinheiro com recursos públicos ao salvar grandes empresas durante a pandemia.

Mas também perde dinheiro se salvar pequenos negócios. O quis de dizer? Para esses, nada.

Seguramente, a maioria dos bares e restaurantes alagoanos é pequeno negócio. O olhar do governo para o setor foi definido na  famosa reunião ministerial, lamentavelmente.

Hoje, sem clientes, sem faturamento: uma agonia para quem vive do pequeno negócio

Há comerciantes da área que estão pendurados em velhos empréstimos na rede bancária e agora se vêem prestes a perder tudo por que não há como pagar.

Quem tem uma melhor estrutura e colocou à disposição da clientela um sistema de Delivery, ainda consegue pagar as contas de água, luz  e telefone.

Isso por que o faturamento, segundo depoimento de empresários, chega até 25% do que era antes da pandemia. 75% se perdeu.

Hoje, há um infinidade de pequenos empresários do setor completamente ao Deus dará. E pior: com eles, uma cadeia de negócios exposta ao sofrimento, que ainda vai demorar a passar.

O clima é de tristeza absoluta.

Uma agonia sem fim do dono do negócio, dos seus fornecedores e dos empregados que agora já não atendem mais, por que não tem a quem.

Ainda assim, uma grande parcela concorda com as regras do isolamento social, mas já cobram medidas para a flexibilização.

É o sentir fundo na pele o drama agudo de uma doença perversa: a quebradeira na pandemia.