Declaradamente eleitor do petista Luis Inácio Lula da Silva, o senador Renan Calheiros (MDB) agora terá um trabalho dobrado, para demover as lideranças do seu partido que estão defendendo uma ampla aliança no campo da terceira via eleitoral.
Exatamente nesta quarta-feira, 6, os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania decidiram lançar um candidato único à presidência da República, em 18 de maio.
Essa tentativa de sobrevivência da terceira via era tudo que o senador alagoano não queria.
Claro que não há nada consolidado. O que existe são intenções. Cada partido lançará um nome para a análise do bloco que buscará um consenso. Não é tarefa simples diante dos superegos explícitos.
A terceira via não cresceu de acordo com as pesquisas eleitorais, mas os dirigentes partidários acreditam que a unidade partidária nesse campo fará a diferença. Na composição, o bloco exclui o PDT de Ciro Gomes, até por que esse não abre mão de ser o candidato.
O resultado de tudo isso é que a próxima semana será muito movimentada no MDB nacional, que sonha em ver a senadora Simone Tebet como a candidata do grupo. Só que contra ela pesa não passar de 1% nas pesquisas. Já o tucanato sonha com a troca de João Dória por Eduardo Leite. Sem esquecer que o ex-juiz Sérgio Moro agora está no União Brasil. Vai ser uma batalha…
Assim, para tirar essa ideia das cabeças dos seus companheiros, o senador Renan Calheiros terá, portanto, uma guerra e tanto no partido.