26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Anvisa libera estudos com 3ª dose da AstraZeneca e proxalutamida

Medicamento tem sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como a nova cloroquina

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu aval nesta segunda-feira (19) para dois novos estudos clínicos: um deles para um estudo sobre uma terceira dose da vacina contra Covid da AstraZeneca e outro para testes que avaliem a segurança e a eficácia de um remédio chamado proxalutamida.

Segundo a Anvisa, o estudo sobre a eficácia da terceira dose da AstraZeneca deve ser feito com participantes do estudo inicial da vacina no país, que receberam duas doses do imunizante com quatro semanas de intervalo entre elas.

A previsão é que esse grupo receba uma terceira dose de 11 a 13 meses após a segunda dose. Os novos testes devem envolver 10 mil voluntários e ocorrer em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Rio Grande do Norte.

Nova cloroquina

A Anvisa também aprovou nesta segunda-feira um estudo clínico de um remédio chamado proxalutamida, um bloqueador de hormônios masculinos inicialmente testado para tumores de mama e próstata e alvo de estudos recentes para o tratamento da Covid.

Leia mais: Bolsonaro troca cloroquina pela proxalutamida e quer convencer Queiroga e você do novo tratamento

O objetivo é verificar a eficácia do remédio na redução da infecção causada pelo coronavírus e no processo inflamatório gerado pela doença, diz a agência.

O medicamento tem sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como uma nova aposta contra a Covid —em algumas ocasiões, o remédio foi citado junto com outros comprovavadamente ineficazes para a doença, como a cloroquina.

O presidente pretende tratar hoje com Queiroga sobre o uso do medicamento proxalutamida. Ele defende a criação de estudos no país sobre o medicamento.

“Já tem uns 3 meses que isso não tá no mercado, é uma droga ainda sendo estudada, mas que alguns países já têm mostrado melhora. Isso existe no Brasil de forma não ainda comprovada cientificamente, de forma não legal, mas que tem curado gente”. Jair Bolsonaro.