Já estava passando da hora, mas, enfim, surgiu a proposta do Legislativo Estadual para que as forças de segurança pública no Estado usem câmeras de vídeo nos uniformes.
A proposta apresentada pelo deputado Ronaldo Medeiros pode até contrariar interesses dentro do sistema policial, mas é fundamental para a garantia da lei em relação ao cidadão, bem como para o exercício profissional do agente da própria lei.
Como diz o parlamentar, não se trata de um projeto da esquerda ou da direita, mas uma ferramenta importante na trajetória de redução da violência.
Alagoas está nos registros do Fórum Nacional de Segurança Pública como o Estado com maior índice de assassinatos de jovens negros.
Claro que muitos deles são vítimas do tráfico de drogas. Tráfico que envolve gente poderosa por todos os lados.
Mas, outros tantos jovens são vítimas da violência policial. Obviamente que não é a maioria dos agentes que agem com o viés de fora da lei. Mas há figuras carimbadas, sim.
Enfim, as câmeras nos uniformes dos agentes deveriam se tornar política pública em todo o País.
Principalmente, em uma terra em que o racismo estrutural dispara antes e pergunta depois que o corpo está estendido no chão.
E isso é histórico.
Os militares de Maragogi não usam sequer o nome na farda. E tratam um ao outro por “Stive”, até com deboche.