No dia em que Deus criou Alagoas, segundo o jornalista Noaldo Dantas, o fez com certo passionalismo. Diz ele em seu texto que “em verdade, não se cria um estado com tanta beleza, sem cumplicidade”.
Afinal, praias paradisíacas e coqueirais a vigiá-las permanentemente só mesmo nessa terra abençoada, com ou sem pandemia.
Mas, vez por outra, a natureza entre idas e vindas da maré, certamente com alguma ressaca, apronta das suas para chocar e acaba provocando o sentido inverso nas pessoas.
Foi exatamente o que aconteceu com o banco de areia no coração da praia de Ponta Verde, entre as barracas Pirata e Pedra Virada.
Tornou-se uma aparição em tempos de maré baixa e logo virou uma atração para os praieiros de toda parte da cidade e turistas fascinados com espetáculo.
O banco de areia separou dois trechos do mar e transformou em piscinas para banhista nenhum botar defeito.
Mas, neste domingo, 20, às 11 horas da manhã, um casal de turista carioca entusiasmado na passarela de areia – sob o sol de 30 graus – não se contém na animação e o marido exclama: – Veja meu amor, parece o piscinão de Ramos!
Mas, um alagoano enxerido, ao ouvir a comparação capenga reagiu no ato: – Alto lá, meu amigo, isso aqui é o mar de Maceió, sem igual no mundo!
E lá do alto da calçada uma senhora idosa, evangélica, lenço sobreposto na cabeça não hesitou em mais uma comparação: – Meu Deus, essa é a verdadeira passagem do mar vermelho!
Não sei. Piscinão, passagem… Está tudo aí para quem quiser ver. São os encantos fascinantes de Maceió.
E é exatamente aqui onde “o mar beija as areias”, como disse Aldemar Paiva.
Maceió é fascinante! Amo