Uma sociedade doente, insana mesmo, não tem limites. Seu cotidiano é repleto dos mais esdrúxulos desejos. Até mesmo o de matar.
Nos tempos atuais tem-se um tecido social que navega ao sabor da hostilidade, o que nos remete a um sintoma de uma formação social com uma doença grave.
O pior de tudo é que o ranço ideológico – mesmo com a maioria sem entender exatamente o que significa cada tendência – apurou um caldo de intolerância que tem destruído fundamentos da convivência civilizada.
E o mais lamentável é quando as autoridades passam a alimentar esse processo destrutivo, devido a concepções absolutamente reacionárias e fúteis.
As autoridades agem por interesses meramente políticos. Hoje dedicadas tão somente à provocações torpes, que alimentam egos nocivos a convivência saudável entre irmãos, amigos e por aí vai.
Nessa crescente onda de uma patologia social, direitos humanos vira uma aberração e um tal “excludente de ilicitude” brota como forte vetor para justificar o desejo de matar de muita gente que se considera “homem de bem”.
É o tipo de política que não sinaliza para o respeito à vida democrática. É o tipo de política que penaliza exatamente quem mais depende das instituições que protegem e cuidam da preservação da democracia.
Tudo fica mais sombrio e triste quando não se vislumbra qualquer sinal de equilíbrio futuro. Basta perceber que o chefe da Nação realiza um evento para lançar um novo partido político e escolhe o número 38 para a sigla, numa referência especial ao calibre de um revólver.
Para não deixar dúvidas, seus aliados levam para o evento uma logomarca da legenda anunciada, que foi composta por balas de fuzil e pistola, sob efusivos aplausos.
Isso não é ideologia. É insanidade mesmo.
Muito triste tudo isso! Uma doença generalizada parece tomar conta do nosso país, polarizando a população. Uma sociedade motivada pelo ódio gera essas deformidades… É preciso acender a luz do amor e da esperança em cada coração. Só o amor pode nos ajudar a compreender que este momento também vai passar, assim como os seus carros alegóricos e os atores que os animam em seu show de horrores e demonstração pura de insanidade. Isso também vai passar!