27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Para Manoel Miranda Junior: meu chato favorito!

* Por: Armando Durval

Arquivo pessoal / Instagram Manoel Miranda

A vida nos prega peças que por mais que entendamos ou sejamos conscientes de nossa missão, nos deixa pra baixo, caídos numa nostalgia sem tamanho.

Hoje desencarnou meu primo Junior, sim, era assim que eu chamava o jornalista Manoel Miranda!

O ‘intelectuá’, como meu avô Pedro o chamava em nossa infância, pois desde cedo o primo adorava ler, de gibis de Walt Disney a livros de autores famosos.

Jogos de botões (lembro do time do Corinthians) e o sorriso escondido quando tentava nos proteger, eu e Márcio Miranda, de consequências das artes que aprontávamos com nossa querida Rita, só para rirmos, como crianças que éramos.

Lembranças de quando ele aprendia a tocar violão, sozinho, trancado no quarto, com várias revistinhas “Violão e Guitarra” e ficava puto quando invadíamos o local para ver aquele violão Di Giorgio preto, do Manoel Miranda pai.

Tantas lembranças! O FEMPOP – Festival Estudantil de Música Popular Brasileira – acho que nos anos 70, ele concorrendo com a música “Palavras verdades que dizem verdades” que contrariando seu modo ateu de pensar a vida, começava assim: “Sei que existe um lugar, onde seremos irmãos…”.

Talvez pouca gente saiba, mas o Junior escreveu uma peça de teatro intitulada SATO e acho que foi a primeira vez que li um texto no formato de peça teatral, com diálogos, orientações de cena, figurino… Um tudo que me deixou um orgulho que até hoje carrego comigo e do qual que ele sempre teve certeza.

Vai com Deus primo! O teu ateísmo era uma coisa terrena e com certeza Nosso Mestre te receberá com a luz azulada da paz quando vocês se encontrarem. Junte-se aos nossos que partiram antes para nossa pátria espiritual.

Ficaremos aqui, certos que um dia nos encontraremos com a certeza de termos cumprido nossas missões – cada um do seu jeito e no seu tempo.

Receba meu beijo, meu chato favorito!

2 Comments

  • Avatar Manoela Mousinho

    Autodidata, jornalista sério! Segue em paz primo Júnior, coragem na nova etapa de sua jornada. É só um afastamento, breve reencontraremos esse nosso chato favorito.
    Excelente texto Armando!

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