26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Solução de Bolsonaro o leva para exames e reunião com outros poderes é cancelada

Presidente estaria à beira de um ataque de nervos e pode ser preso se não for reeleito

O presidente Jair Bolsonaro iria se reunir hoje (14) com os presidentes do STF, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Mas sua saúde inspira cuidados. Soluçando sem parar há 12 dias, ele precisou se submeter a uma série de exames no HFA (Hospital das Forças Armadas), em Brasília.

“Por orientação médica, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem”. Nota da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

Passando por um momento conturbado, Jair Bolsonaro tem ainda que lidar com uma crise de soluços. Há quase duas semanas seguidas ele sofre com interrupções em interações com apoiadores, live e entrevista por causa de contrações involuntárias do diafragma.

Leia mais: Cagando e andando, Bolsonaro marcha para sua ‘guerra civil de 30 mil mortos’

Nos últimos dias, no Google, houve um aumento repentino de pesquisas com os termos “bolsonaro passa mal”, “crise de soluço bolsonaro”, “bolsonaro soluço”, “bolsonaro” e “bolsonaro soluco”.

Nervoso

O empresário Paulo Marinho (PSDB), que por um ano hospedou o QG da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência, entre 2017 e 2018, e é suplente do senador Flavio Bolsonaro, afirma que o presidente está à beira de um ataque de nervos diante dos desdobramentos da CPI da Covid-19.

Leia mais: Moraes cria superinquérito que pode cassar Bolsonaro

Ao comentar o tom adotado por Bolsonaro diante das suspeitas de irregularidades nas compras de vacinas, Marinho diz que o presidente mostra destempero por ter consciência do risco de derrota na corrida presidencial de 2022.

“Conheço a peça. O capitão Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos. O capitão Bolsonaro vai enfrentar a Justiça. E arrisco dizer que vai ser preso pelos crimes que já cometeu e ainda vai cometer até final do mandato”. Paulo Marinho.

Além de nervoso, Bolsonaro está menos coerente que o normal em suas conversas com aliados. Na semana passada, se confundiu com o número de probabilidades de Dilma ter vencido Aécio em 2014 e afirmou que a Terra teria apenas 127 átomos.

Já ontem disse a apoiadores que era “o cocô da gente”. Provavelmente, se confundiu quando queria dizer que cagava como todo mundo, depois de uma bolsonarista pedir para ele fazer cocô na live.