26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Senadores perdem a paciência com Wajngarten na CPI, que pode passar a se tornar investigado

Como testemunha, ex-chefe da Secom desviou de perguntas e negou conteúdo de própria entrevista na Veja

Sendo o primeiro a questionar o ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, na CPI da Pandemia nesta quarta (12) desviou de algumas perguntas.

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Irritado, o relator Renan Calheiros (MDB-AL), que trocou a placa com seu nome na bancada pelo número de mortos por covid-19 até agora, perdeu a paciência com o Wajngarten. Principalmente por se esquivar das declarações que o próprio ex-chefe da Secon fez à Revista Veja, no mês passado.

Questionado pelo relator Renan Calheiros sobre quem orientava os discursos e posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro, o ex-secretário Fábio Wajngarten respondeu: “pergunte a ele”.

A resposta acabou ocasionando uma leve discussão e fez o presidente da CPI, Omar Aziz, a fazer o seguinte comentário:

“Senhor Fábio [Wajngarten], o senhor só está aqui por conta da entrevista à Veja, senão a gente nem lembraria que você existia. Não subestime nossa inteligência”. Omar Aziz, presidente da CPI.

Aziz chegou a pergunta “você tá confiando em que lá na frente? … seja verdadeiro e objetivo”, para Wajngarten, aconselhando ele a responder as perguntas.

Após uma breve interrupção, Fabio Wajngarten, que está lá como testemunha e desviou de perguntas e negou conteúdo de própria entrevista na Veja, foi alertado que se não colaborar com o trabalho, poderá passar a ser considerado um investigado.

Wajngarten, que abriu sua fala se dizendo um homem religioso, e enaltecendo seu contado com o presidente Jair Bolsonaro e os pastores R.R. Soares e Silas Malafaia, disse em entrevista na revista Veja que a administração Pazuello foi incompetente e ineficiente.