Depois que uma aliada foi exonerada, pela ministra Damares Alves, da secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o astrólogo Olavo de Carvalho voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro.
Sandra Terena, mulher do blogueiro Oswaldo Eustáquio, que chegou a ser preso por ordem do STF durante a investigação sobre o financiamento de atos antidemocráticos, teria usado o nome de Damares para fazer negócios.
Mas sua exoneração amargurou, Carvalho chamou Bolsonaro de ingrato, afirmando que o presidente, Damares, ‘todos os ministros e generais, somados’ não sabem lidar com comunistas. E que quando ‘tomam no cu’, ‘se revoltam contra quem quer ajudá-los a escapar disso’.
“Subir na vida e, uma vez lá em cima, livrar-se dos que o ajudaram na escalada. O Bolsonaro aprendeu isso com Maquiavel e vai terminar como Maquiavel terminou: vivendo da caridade de seus inimigos. Se há uns tipinhos que Deus odeia, são os ingratos. E não pensem que o diabo os ama”. Olavo de Carvalho.
Centrão no lugar de olavistas
São os novos aliados do Centrão que mais pressionam o presidente a se livrar dos auxiliares olavistas, argumentando que eles apenas arrumam confusões e atrapalham a comunicação do governo, agora nas mãos do PSD de Fabio Faria, o ministro das Comunicações.
Surpreendida pela decisão, Sandra Terena reclamou em entrevista à rádio Jovem Pan que estava “sendo exonerada por ser casada com uma pessoa que defende o presidente Bolsonaro”.
Além de Sandra Terena, já foi concretizada na última semana a saída do ex-assessor especial da presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro Abraham Weintraub, mais um radical expurgado.
O próximo seria o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, que assim como os irmãos Weintraub, deve cair para cima e ganhar um cargo em organismo internacional. Abraham está trabalhando no Banco Mundial e Arthur vai para a Organização dos Estados Americanos (OEA).