27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Preço do botijão de gás ultrapassa R$ 100 pela primeira vez na história

Sindicombustíveis acende alerta para possível escassez; No início do ano, unidade padrão de 15 kg custava R$ 72,98 e

O preço médio do botijão de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 100.

E após consulta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) em Alagoas, já está confirmando que este valor de revenda já é encontrado em algumas das 18 revendas nos municípios de Maceió, Arapiraca e Delmiro Gouveia.

O preço médio do botijão gás em Alagoas é de R$ 95,95, alta acumulada de 30% este ano. Em janeiro, por exemplo, o preço médio do botijão de gás em Alagoas era de R$ 72,98.

A escalada dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação brasileira, que em setembro acelerou para 1,16%, a maior alta para o mês desde o início do Plano Real, quebrando a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses.

Somente a gasolina  já acumula alta de 32% este ano em Alagoas, saindo de R$ 4,77 por litro em janeiro, para R$ 6,31 na última semana.

Empurrando o problema para a cobrança do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], o presidente Jair Bolsonaro conseguiu com Arthur Lira a aprovação na Câmara do projeto de lei que altera as regras de cobrança

Leia mais: Isnaldo Bulhões critica Lira por PL que muda ICMS dos combustíveis: ‘cortina de fumaça’

O projeto promete reduzir em 7% o preço da gasolina. A pesquisa da ANP identificou também nova alta no preço do diesel, que foi reajustado nas refinarias no início do mês. Segundo a agência, o produto custa, em média, R$ 4,976, aumento de 0,3% em relação à semana anterior.

Assim, a alta acumulada desde o reajuste nas refinarias é de 5,7%. O preço do etanol também manteve a tendência de alta e fechou a semana a R$ 4,819 por litro, valor 0,9% superior ao registrado na semana anterior.

Leia mais: Sindicombustíveis acende alerta para possível escassez nos postos de Alagoas

Com a pressão política sobre os preços dos combustíveis, a Petrobras vem tendo dificuldades de cumprir os prazos de acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que prevê a venda de metade de sua capacidade de refino. E já em novembro é possível que aja desabastecimento.