Quando 16 de agosto chegar, a justiça federal em Alagoas estará realizando o leilão dos prédios do senador Fernando Collor de Mello, hipotecados para o pagamento de um paiol de dívidas que vão além de R$ 280 milhões. Os números foram levantados em reportagem do UOL.
As dívidas são originárias de anos luz de sonegação de impostos e do não pagamento de dívidas trabalhistas dentro das empresas do senador, controladas pela Organização Arnon de Mello (OAM).
A questão é: Quem vai mesmo arrematar no leilão os prédios “colloridos”?
A pergunta tem razão de ser por que não é a primeira vez que o patrimônio de sua Excelência vai a leilão e nada se resolve. Ou seja, não aparece uma viva alma para fazer um lance.
Há quem diga que isso sempre acontece por que as elites econômicas nesta terra costumam se proteger em casos desta natureza. Trata-se de um certo pacto político, considerando que todos sempre conviveram no entorno dos palácios símbolos dos poderes, usufruíram das mesmas benesses e, portanto, quase sempre marcham juntos na defesa dos interesses uns dos outros.
Ou seja, em suma, quando agosto chegar, não deverá aparecer ninguém com coragem e nem dinheiro suficiente para arrematar os prédios do senador, ex-presidente da República e ex-governador de Alagoas.
Enquanto isso, os funcionários da OAM, que tantas vezes colocaram as empresas no topo, sentem no bolso e no lombo o peso da munhecada no espinhaço.
Matéria tendenciosa e nefasta.