26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Centrão manda, Jair obedece e Fundão pode voltar a R$ 5,7 bi

Governo manda AGU defender R$ 5.7 bilhões do Fundo Eleitoral no STF e Nogueira pede mais R$ 800 milhões a Paulo Guedes

Ciro Nogueira e Bolsonaro: manda quem pode…

O Brasil segue atualmente o rito de gestão, onde o presidente da República já não apita mais em nada. Pelo Contrário: O Centrão manda e Jair Bolsonaro obedece.

O caso mais recente, além da passagem das chaves dos cofres da União para o Centrão, é a defesa que o governo passou a fazer dos R$ 5,7 bilhões do Fundo Eleitoral – aquele dinheiro para custear as campanhas políticas.

Lá atrás, quando o Congresso aprovou o fundo de quase R$ 6 bilhões, Bolsonaro vetou para o jogo de cena natural, mas sabendo que seu veto seria derrubado até por que era o que havia sido combinado com aliados políticos dele.

Derrubado o veto, aprovou-se então o fundo de R$ 4,9 bilhões no Orçamento de 2022. Só que o Centrão não ficou satisfeito e deixou isso claro ao Palácio do Planalto.

O que fez então seu Jair? Nesta quarta-feira, 19, determinou a Advocacia Geral da União (AGU) a defender junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade do aumento do valor do fundão para este ano de campanha eleitoral.

A AGU pediu inclusive ao Supremo que rejeite a ação em que o partido Novo pede a revogação da aprovação do fundo.

Nesse ínterim, o líder do Centrão, ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, pediu ao ex-posto Ipiranga, Paulo Guedes, da Economia, para que remaneje mais R$ 800 milhões da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para turbinar o fundo.

O argumento é de que a campanha de reeleição de Bolsonaro também será beneficiada pela dinheirama.

E assim o governo vai sendo tocado. Jair se cala, o Centrão fala.

Não apenas fala. Segue o rito liberal conservador: manda quem pode…