26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Para nunca esquecer: Bolsonaro e Osmar Terra são responsáveis diretos pelo caos da pandemia no Brasil

Ministro da Saúde não oficial defendia imunidade de rebanho, apesar de todas as evidências contrárias e presidente prefere morrer abraçado aos seus erros do que ouvir a ciência

incompetência e fracasso na gestão de um general, tido pelo presidente Jair Bolsonaro como um especialista em gestão, nem deveria ser discutida. A forma hedionda, teimosa e burra com que o próprio Bolsonaro lida com a pandemia também não.

É revoltante ter que desenhar o que há de errado neste período de crise e desmentir um hipócrita que usa a Bíblia para se passar por propagador da verdade. Hipócrita que continua mentido em suas ações nesta pandemia, e não é de hoje: tudo começou com seu ministro da Saúde não-oficial, o deputado Osmar Terra.

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Agindo de propósito ou não, aparelhamento de Bolsonaro amplia número de mortes

Ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra é um médico que, muito antes de acredita no poder da cloroquina, vendeu e convenceu meio mundo de seguidores que a melhor coisa para fazer na pandemia era “nada”.

A ideia brilhante era a de fazer com que a covid-19, que faria tantos estragos quando a H1N1, se espalhasse no brasil de forma comunitária, infectando livremente a população. Isso para atingir a imunidade de rebanho – algo que nunca aconteceu de forma natural, apenas com vacinação.

Com seu “fato e versão do fato”, este irresponsável se tornou a voz da razão do presidente Jair Bolsonaro, que passou a convencer seu gado que a melhor solução era alcançar a imunidade de rebanho.

Corta para hoje, estamos alcançando 300 mil mortos e a normalidade está longe de ser recuperada, pois durante meses nesta pandemia (uma tragédia que já dura mais que um ano), perdemos tempo com medidas simples, que até pessoas com deficiência intelectual são capazes de seguir: usar máscara e respeitar o distanciamento.

Mas não: perdemos tempo falando em imunidade de rebanho e deixaram o vírus correr solto. Novas cepas e variantes brasileiras são mas contagiosas, letais e ameaçam até mesmo outros países. Isso tudo empurrando com a barriga a necessidade de compra de vacinas – ou mesmo cuidados mais simples.

Hoje, o mesmo Terra, que precisou ser internado por conta da Covid-19, segue dizendo que “sempre esteve certo”, afirmando que quem vacina quer também a ‘imunidade de rebanho’. “Mas seu imbecil”, perguntaria o indignado, “desde quando deixar o vírus correr e vacinar são a mesma coisa”?

Claro, Bolsonaro também nunca voltou atrás de seus erros. Segue “infalível, perfeito, mestre dos golpes de mestre”. Isso, claro, só se a meta foi o genocídio, pois nem a sagrada economia conseguiriam safar.

Que nunca esqueçam: mortes na pandemia seriam inevitáveis, mas 300 mil mortos no período de um ano? Os culpados têm nome e sobrenome. Alguns mais do que os outros.