Após mais de um ano de ingerências, muito negacionismo e escancaradas sabotagens às medidas de contenção ao novo coronavírus por parte do governo Federal, o Senado abriu a CPI da Pandemia nesta terça. Mas o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, não concorda a investigação.
“É criar uma Babel eletrônica”, disse o senador, afirmando que a CPI é tudo aquilo que a “população brasileira não deseja, não quer e não merece”. Ao menos, neste momento.
Ele afirma que o momento não e ideal e que as investigações podem ser realizadas no futuro, já que agora a hora é de torcer pela união dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) contra o inimigo em comum, o vírus.
Tendo sofrido um impeachment em 1992, Collor afirmou na manhã desta quarta (8), em entrevista ao Comando 91, poder ser um “aliado diferenciado” para o atual presidente. Com seus conselhos e ensinamentos, ele espera direcionar o presidente para um foco sem ideologia e atento ao vírus.
Claro, essa sugestão é infrutífera. Por mais experiente que seja em liderar um país em momentos de fome e recessão, Collor não pode ensinar a Bolsonaro como ser mediador e sensato. Jair é incapaz de reconhecer o perigo do vírus, quanto mais seguir conselhos “ainda mais complexos”.
Collor, que admite disputar o pleito em 2022, está também de olho em uma vaga como ministro do governo Bolsonaro.