26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Vídeo: Collor diz ser contra CPI da Pandemia e afirma ser “aliado diferenciado” de Bolsonaro

Senador prefere orientar e guiar o atual presidente para combater o vírus, pois investigações podem ser realizadas no futuro

Senador Fernando Collor, presidente Jair Bolsonaro e a primeira dama Michele Bolsonaro durante cerimônia de Posse do senhor Gilson Machado, Ministro de Estado do Turismo

Após mais de um ano de ingerências, muito negacionismo e escancaradas sabotagens às medidas de contenção ao novo coronavírus por parte do governo Federal, o Senado abriu a CPI da Pandemia nesta terça. Mas o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor, não concorda a investigação.

“É criar uma Babel eletrônica”, disse o senador, afirmando que a CPI é tudo aquilo que a “população brasileira não deseja, não quer e não merece”. Ao menos, neste momento.

Ele afirma que o momento não e ideal e que as investigações podem ser realizadas no futuro, já que agora a hora é de torcer pela união dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) contra o inimigo em comum, o vírus.

Tendo sofrido um impeachment em 1992, Collor afirmou na manhã desta quarta (8), em entrevista ao Comando 91, poder ser um “aliado diferenciado” para o atual presidente. Com seus conselhos e ensinamentos, ele espera direcionar o presidente para um foco sem ideologia e atento ao vírus.

Claro, essa sugestão é infrutífera. Por mais experiente que seja em liderar um país em momentos de fome e recessão, Collor não pode ensinar a Bolsonaro como ser mediador e sensato. Jair é incapaz de reconhecer o perigo do vírus, quanto mais seguir conselhos “ainda mais complexos”.

Collor, que admite disputar o pleito em 2022, está também de olho em uma vaga como ministro do governo Bolsonaro.